sábado, 14 de setembro de 2013

A ludicidade

O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer jogo. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolam as demarcações do brincar espontâneo. (ALMEIDA). 
O que podemos perceber ao pensarmos na realidade da sala de aula é o grande número de alunos com muitas dificuldades de aprendizagem e desmotivados para o estudo. Nesse sentido, se faz necessário a busca por novas metodologias que visem sanar tais dificuldades e que instiguem os alunos para uma aprendizagem significativa e prazerosa. O lúdico surge como um aliado e uma poderosa ferramenta pedagógica que permite ao educador alcançar sucesso em sala de aula, tornando-se um importante instrumento facilitador do ensino/aprendizagem. É claro que não podemos dizer de forma alguma que a ludicidade resolverá todos os problemas como: indisciplina, emocionais e de aprendizagem. Porém, o mesmo atuará como subsídio importante para se transmitir os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais. 
Para Piaget o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Nesse sentido o que se percebe é que pequenas mudanças na metodologia do educador em sala de aula pode trazer muitos benefícios que podem mudar toda a dinâmica da sala de aula e atrair alunos que antes eram poucos ou nada interessados, transformando-os em novos alunos com progressos significativos em sua aprendizagem e, consequentemente, mudanças no comportamento dos mesmos. 
Segundo Vygotsky, o jogo na infância implica a sua valorização acrescida pela relação estreita estabelecida entre jogo e aprendizagem. Além disso, poderá ajudar a esclarecer algumas dúvidas que os educadores apresentam nas suas práticas educativas e que muitos estudos definem como diferenças entre retórica e prática, ou discordâncias entre retórica e raciocínio de ação pedagógica sobre o jogo.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. Nesse sentido, práticas diferenciadas estimulam não só a melhora da aprendizagem, como também o próprio desenvolvimento, socialização e interação do aluno com seu meio, que é a sala de aula  Entretanto, não podemos afirmar que as atividades lúdicas possam por si próprias resolver todas as dificuldades de aprendizagem e a indisciplina em sala de aula, entretanto, ela pode ser uma grande aliada na busca por melhoras na relação professor/aluno, pois quando o aluno percebe que a aprendizagem pode ser algo prazeroso ele se transforma, e passa a ser um agente dessa transformação. Contudo, não é possível para o professor trazer para as aulas atividades lúdicas o tempo todo, mas, o mesmo pode criar algumas situações que visem essa diferenciação de aulas, tão cobrado nos dias atuais. Trazer um pouco mais de entusiasmo e de sentimentos de satisfação, esse é o ponto e a partir disso ver as transformações que gradativamente surgem. 

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