O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer jogo.
Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas
ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser
reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De
modo que a definição deixou de ser simples sinônimo de jogo. As implicações da
necessidade lúdica extrapolam as demarcações do brincar espontâneo. (ALMEIDA).
O que podemos perceber ao pensarmos na
realidade da sala de aula é o grande número de alunos com muitas dificuldades
de aprendizagem e desmotivados para o estudo. Nesse sentido, se faz necessário
a busca por novas metodologias que visem sanar tais dificuldades e que
instiguem os alunos para uma aprendizagem significativa e prazerosa. O lúdico surge como
um aliado e uma poderosa ferramenta pedagógica que permite ao educador alcançar
sucesso em sala de aula, tornando-se um importante instrumento facilitador do
ensino/aprendizagem. É claro que não podemos dizer de forma alguma que a
ludicidade resolverá todos os problemas como: indisciplina, emocionais e de
aprendizagem. Porém, o mesmo atuará como subsídio importante para se transmitir
os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.
Para
Piaget o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Nesse sentido o
que se percebe é que pequenas mudanças na metodologia do educador em sala de
aula pode trazer muitos benefícios que podem mudar toda a dinâmica da sala de
aula e atrair alunos que antes eram poucos ou nada interessados,
transformando-os em novos alunos com progressos significativos em sua
aprendizagem e, consequentemente, mudanças no comportamento dos mesmos.
Segundo Vygotsky, o jogo na infância
implica a sua valorização acrescida pela relação estreita estabelecida entre
jogo e aprendizagem. Além disso, poderá ajudar a esclarecer algumas dúvidas que
os educadores apresentam nas suas práticas educativas e que muitos estudos
definem como diferenças entre retórica e prática, ou discordâncias entre
retórica e raciocínio de ação pedagógica sobre o jogo.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica
é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso,
indispensável à prática educativa. Nesse sentido, práticas diferenciadas
estimulam não só a melhora da aprendizagem, como também o próprio
desenvolvimento, socialização e interação do aluno com seu meio, que é a sala
de aula Entretanto, não
podemos afirmar que as atividades lúdicas possam por si próprias resolver todas
as dificuldades de aprendizagem e a indisciplina em sala de aula, entretanto,
ela pode ser uma grande aliada na busca por melhoras na relação
professor/aluno, pois quando o aluno percebe que a aprendizagem pode ser algo
prazeroso ele se transforma, e passa a ser um agente dessa transformação. Contudo, não é possível para o professor trazer para as aulas atividades lúdicas o
tempo todo, mas, o mesmo pode criar algumas situações que visem essa
diferenciação de aulas, tão cobrado nos dias atuais. Trazer um pouco mais de
entusiasmo e de sentimentos de satisfação, esse é o ponto e a partir disso ver
as transformações que gradativamente surgem.
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